terça-feira, 16 de março de 2010

Uma porta que só se abre por dentro

Parodiando Shakespeare: A mudança é uma porta que só se abre por dentro. Tal máxima também se aplica perfeitamente a qualquer mudança de paradigma social, incluso aí a transição de uma sociedade baseada no capital para outra pautada na igualdade entre seus indivíduos.
Qualquer revolução que não conte com o apoio popular está, mais cedo ou mais tarde, destinada ao fracasso. Por isso acredito que nossa luta é, primeiramente, uma luta de idéias, ou seja, partindo do interno ( uma consciência comunista) para o externo (uma sociedade comunista)
O capitalismo inverteu os valores naturais da vida, colocando o capital a frente do homem, o lucro a frente dos valores morais. Tal fato se comprova facilmente em qualquer indústria, onde o proletário é apenas uma peça de todo o processo, que pode ser substituída por outra caso não alcance o rendimento necessário, ou seja, o homem é apenas um meio para se chegar a um fim.
Neste sistema, onde os interesses individuais estão acima dos interesses coletivos, o homem é adversário do homem, sendo que a vitória de um implica na derrota de outro.
Esta luta selvagem e incessante pelo capital (também podendo ser chamada de barbárie da civilização) gerou uma espécie de neurose coletiva que é a causa de grande parte dos males psicológicos hodiernos, contribuindo muito para a falta de qualidade de vida do homem moderno.
Há também o lado ambiental da questão, sendo a destruição gradativa e irreversível do planeta uma das faces mais cruéis do sistema.
É claramente perceptível que o capitalismo é auto destrutível, sendo sua superação uma questão de sobrevivência social, um passo natural da evolução do ser humano em busca de uma humanidade, hoje tão distante e utópica.

Autor: Carlos Monteiro / PCB Araranguá

Um comentário:

  1. Realmente é verdade amigo! Esta porta continua abrindo por dentro e não existirá saída enquanto o capitalismo continuar reinando! Por isso acredito numa revolução, em busca de uma sociedade comunista, desde que a gente lute por esse ideal na nossa geração!

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